Meus cabelos não param de cair, Valentina. Já é passo de hora que as tumultuações que me levam até o precipício da escolha, ao invés de me atirar para o abismo do corte profundo, me encurrala no labiríntico medo de dar o primeiro passo. Titubeio entre o prazer, deveras, de deixá - las cair sem a espera angustiante do que vem depois; e se à navalhadas eu corto e cesso a queda eminente. Já é fim de Outono, Justine. Deixe as quebradiças se ocuparem de se quebrar, deixe os novos se ocuparem de crescer, deixa o ruim florescer. Ervas Daninhas, Valentina. Ervas daninhas brotam dessas mentes inquietas. Não eram cabelos? É, é. Mas é como a mente. É, você é quem gosta dessas analogias... É que há tempos eu não sei por onde começar.
Somente o verdadeiro, para quem deseja o substancial.
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