segunda-feira, 26 de novembro de 2012

À meia luz

Alívio. A música. Pálpebras. Miúdas caem. Segredo. Conto. Não tem problemas. O canto da boca está virado. Olha. Os olhos úmidos. Pelo ouvido. Vem arrepio. Divino. Paz. Sabe. É. A gente sente. Paz. Sabe? Sombra. Meia Luz. O resto. Não. Não interessa. O resto. Inteiro. As pálpebras, dormem. 
A fuga de tudo. Teresa, Tomas e Karenina.

Uma brisa

rápido.

passado rápido.


rápido.


passado lento

rápido

momento

velas acesas
bichos pelos quintais,
insetos na tela.


esquecer rápido

aquilo que falta a existência.


futuro lento

Unhas decadentes
Bonecas em guarda - roupas
tantos travesseiros

Rápido. Brisa rápida.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O cachorro do vizinho

Cachorro latindo no vizinho. ( assim eu testo minha pré-disposição a ser muito cruel e capaz de cometer homicídios). Criança chorando. ( assim eu descubro que não tenho paciência com crianças e as acho criaturas perigosas). Mas o cachorro do vizinho... Olha!! A merda do cachorro do vizinho não me deixa nem pensar no texto. Mas o celular que meu pai esqueceu em casa toca de cinco em cinco minutos. Precisava ser o toque do Indiana Jones???? Além do mais minha mãe grita pra chamar a Efigênia e a por sua vez, a Efigênia me beija muito forte e fica me chamando de vidinha. O Pedro está quase chegando com aquela energia insuportável dele. Quase quebrei o teclado. A tecla F voou. PQPPPPPPPPPPPP. tomara que essa merda de cachorro perca as cordas do latido. Eu odeio ele. Ele acabou com meu dia.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Pulso

O amor é morder a mão, na medida quase exata em que alcança o pulso.

Tanto pulsar.

domingo, 4 de novembro de 2012

As mulheres árabes

Passei estes últimos dois dias na Arábia Saudita.
Passeando sob imagens de mulheres que escondem uma vida de opressão por detrás do véu.
Isso mexeu com meu coração. Despertei desejos profundos e certezas imemoriais.
A história da princesa Sultana veio para me ajudar a caminhar pela história das mulheres.
Sinto fervilhar esse sentimento dentro de mim. E até tenho medo do que pode transbordar.
Medo do desconhecido. Medo dessas palavras que se repetem na minha vida.
Enfim sinto estar no caminho certo. Algo vem atrás de mim e me empurra para o destino.
Sinto o destino se movimentando como sorrateiras cobras no deserto.
Mas as cobras são sábias.




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