quarta-feira, 11 de abril de 2012

Marycoke - Já parou pra pensar até que ponto a internet interfere nas suas relações pessoais?

Seria o perfil no mundo virtual a cópia fiel da nossa verdadeira identidade? Fico me perguntando às vezes a diferença existente entre ver as pessoas através das lentes de um lcd e de vê - las viver a vida real...  Quando nem tudo que se vê é o enquadramento proposto pelos perfis nas redes sociais; e, com mais precisão, se consegue enxergar a subjetividade de cada um - é interessante lembrar que a comunicação não verbal é mais importante do que a comunicação verbal.

Mas a verdade é que cansei dos perfis. De estar fazendo daquela telinha na internet a sua vida. E seu corpo, o real, que precisa que você se mova, saia do lugar? Onde ele fica?E a necessidade de estar num lugar físico, vivo, palpável? Tocar realmente alguém, olhar para faces e não fotos... Desperdiçar horas a fio em conversas, prosas longas, bobas ou lúdicas e não no bate papo. Se agregar mais, não com desconhecidos, conhecidos, amigos de um dia, da balada anterior, da viagem de 5 atrás. Mas com quem está do seu lado, por um 1 minuto. Com o cara da cantina, a moça da padaria. Dar um "Bom Dia" para o gari...

Ir numa leveza natural, de se doar, cansar corpo, pernas, mentes em trabalhos realmente enriquecedores, para sua alma ou para a sociedade ou para quem você quiser. Uma cerveja na terça, por que não? Um encontro na quarta, que você vive combinando com aquele colega de trabalho e nunca saiu dos números vermelhos da sua atualização. Não, não faz mais sentido entrar todos os dias no msn para ver se aquela pessoa antiga ainda entra. Você insiste porque afinal, já encontrou ela por lá algumas raras vezes. Mas  é que de tempos pra cá ela nunca vem... Continuar nessa paranoia exaustiva da espera. No entanto, você pode arriscar, tentar uma ligação, ou mesmo ir até onde ela está, falar diretamente ao invés de dar rodeios e esperar um empurrão do acaso. Já parou pra pensar até que ponto a internet  interfere nas suas relações pessoais? 

Acho que os perfis e as redes sociais cegam. Não consigo achar um grande avanço você receber uma quantidade sem fim de informações e não conseguir absorver nenhuma. Acho que nos deixam num chão de ilusões. De sensações perdidas, inquietas que muito te mostram e tanto te escondem. A minha preocupação é de nos perdemos nos nossos próprios perfis virtuais. Não iria escrrever mas meu grande medo é um: o homem pós moderno e o homem do futuro. Tenho medo. Tenho medo pois sou um deles. Tenho dúvidas sobre a condição humana hoje.

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