domingo, 4 de setembro de 2011

Ces't fini


Ces't fini! Olhei para todos os olhos amicos (porque se pode olhar o corpo, olhar de lado, "que olhando assim de lado eu, te acho tão bonito", olhar de soslaio, olhar de rabo de olho, olhar como quem não quer nada, ad infinitum); o olhar verdadeiro, olhos nos olhos, é muito, excepcionalmente raro de acontecer. Mas olhei para todos os olhos amicos com a ternura do novamente, querer conhecer. Olhei com os olhos de quem quer furar, quer adentrar o corpo do outro, sê - lo por um instante. Olhei, porque é preciso olhar, quando se está a caminho. Quando se coloca o pé na estrada, outra vez. Sem referências, sem documentos, sem lenços para secar as lágrimas que iriam vicejar o amargo. Sem os lenços, que iriam lhe servir de braços, e esses mesmos, que iriam virar travesseiro. Sem nada, Rien, te vai.

Ces't fini! E mais uma vez, diante estou eu, do abismo. Te vai. E pela primeira vez, eu fui. Sem as verdades de outra vez. De outro momento imemorial. Devo estar no deserto da minha psique, juntando meus ossos, para poder me manter em pé, segura e profunda, outra vez.

Ces't fini! Mergulhar dentro do self é um corte profundo. No primeiro momento, talvez você pense não aguentar todas as máscaras que vê diante de si. Face - a - face, é como se você fosse arrancando elas do rosto, e a medida que uma caísse no chão, a outra aparecia. A cada máscara caída, mais veneziana a outra se revelava. Somos pois, persona, antes de, identificar o próprio ser (não posso esconder a influência de Bergman). É ardente, o mergulho atormentado para os interiores. Mas vale todos os olhares que se vê por outro lado; mas vale o mergulho para deixar morrer, o que precisa morrer, e deixar viver, o que precisa (e merece) viver.

Ces' t fini! E no estado de leitura interiorana, queira ficar só, para deixar cantar o que quer cantar dentro de ti. Aprenda, é melhor, a obedecer os ciclos da vida. Se formos velhinhos um dia (não sei muito bem para quem estou falando, talvez seja só a mim) vamos saber que a guerra longa, e a vida... A vida é curta...

Ces't fini! É atormentador mas é na equivalência, mágico, o caminhar sozinha. Então, "vai caminhante, antes do dia nascer".





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