sábado, 21 de maio de 2011

"Hei- de lembrar, enquanto existir"

Menina Carolina,


Encaracolada feito mola de colchão segue ela entortando caminhos programados. Correndo aos gritos de dor e certa do lugar algum. Contando pedras e arrancando mágoas. Move-se aos poucos diante do outro e ressurgi de areias míticas diante de si mesma.

Sabe ela o que é o amor? Quer ser amar.


Força, menina Carolina, os pássaros sempre voltam no verão. Siga. Moldando suas asas e sinta o vento da mudança amassando sua mesma pele perdida em corpos inexistentes. Mova. Exista. Viva. Viva só pelo simples instante de agora. Desista de relutar contra o que não tem nome. Nada de explicação. Ludibrie a razão. Vá. Entorpecendo-se de sentir. Sinta. Sinta-se à vontade.


Carolina, menina! Menina Carolina.

Olhe mais ao lado.

Eu sempre estarei aqui.

Débora Ribeiro

Porto, 21 de maio de 2011.

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